Silêncio mental.
segunda-feira, 26 de abril de 2004
Alarme falso. A conjuntivite passou e eu passei o feriado em Cabo Frio, sob os auspícios dos meus sogros e enfiando cabeça na água.
Estranho, mas gosto disso.
Postado por
Pedro Wolff
às
26.4.04
0
comentários
quinta-feira, 22 de abril de 2004
Legal. Feriado no Rio, minha namorada em Cabo Frio e eu arrumei uma conjuntivite. Tive a semana inteira, mas escolhi pegar no feriado.
Tem dias em que eu me odeio.
Postado por
Pedro Wolff
às
22.4.04
0
comentários
quarta-feira, 31 de março de 2004
Refúgios
Ontem eu fui dar aula de violão em Laranjeiras. Adoro aquele bairro. Gosto do meu aluno porque ele me mantém estudando e porque ele me faz andar por lá. Saltei do metrô na estação Largo do Machado. Era cedo demais para ir direto para a casa dele e eu não sabia o que fazer. Lembrei do Parque Guinle e me sentei por lá. Fui ver as crianças brincando e ler meu livro.
Tinha duas francesas por lá, que moravam ali atrás. Como todas as francesas do mundo, cada uma era carregada por um cachorro. O cachorro mais novo conseguiu escapar e começou a correr por todo o parque, latindo. Uma criança que se solta, mesmo. Não tardou para toda a criançada correr atrás dele e brincar. Correram até cansar (o bicho). Depois foram jogar pedra no laguinho.
Hoje, fui mais cedo para a terapia, em Copacabana. Sentei num banco no calçadão. Peguei meu livro e li, sentado ali. Fiquei olhando o mar e folheando as páginas. O sol se pôs apoteoticamente, como no outono. As crianças jogavam futebol na areia e um enorme cargueiro passava ao longe. Parecia não mover as águas.
O Rio tem esses refúgios. São lugares para onde se pode fugir no meio da correria do dia. Eles ficam a 20 metros do asfalto, a 20 metros do monóxido de carbono, a 20 metros de uma excelente livraria. São refúgios fantásticos, onde você pode se esconder à plena visão.
Postado por
Pedro Wolff
às
31.3.04
0
comentários
Estou lendo um livro sobre Joe Gould, um boêmio da NY dos anos 30 a 40. Muito interessante. Esse livro foi escrito por um jornalista. Na verdade, não deveria ser um livro, apenas dois artigos publicados na revista (ou jornal, não lembro ao certo) The New Yorker. O livro virou filme: O Segredo de Joe Gould, nome do segundo artigo. O primeiro artigo é Professor Gaivota. Péssima tradução, mas não vejo alternativa. Faz referência/rima ao nome do próprio personagem-título (gaivota em inglês é seagull) e serve de prenúncio a algo que se explica no texto: o homem era a maior autoridade no mundo sobre o idioma das gaivotas.
O livro é bom: leve, narrativa jornalística. Passa fácil, feito limonada em dia quente. A história é verídica e o jornalista, como narra no segundo artigo, acabou ficando amigo do tal Joe Gould. Tanto assim que começou a receber a correspondência dele no próprio escritório. Ele conta que, logo depois de publicado o primeiro artigo, choveram cartas endereçadas a Joe Gould na redação. A descrição de uma delas me chamou a atenção. "Estava escrita a lápis, em papel pautado..."
Há quanto tempo eu escrevi minha última carta a alguém a mão? Não me lembro. Muita coisa se diz só com o papel, o meio de escrita e a caligrafia. Eu não tenho mais caligrafia. Eu escrevo em arial, times new roman, verdana... Minha letra não existe mais. Ninguém mais recebe cartas minhas em folha arrancada do caderno, ou em papéis pergaminho, comprados a peso de ouro em papelaria. Todo mundo recebe meus e-mails.
E-mail não tem borrão de tinta, nem mancha de impressão digital. Não tem rabisco que a caneta fez, sem querer. Não deixa identificar o grau de intimidade dos correspondentes. E-mail é prático, rápido e eficiente. Precisa mais?
Eu ainda tenho as cartas que a Carol me escrevia de Londres, dez anos atrás. Tenho cartas que trocava com uma outra menina em Surrey, Sandra Waas. Os papéis eram diferentes. Carol era (ainda é) amiga próxima. A letra era meio corrida, dava para ver a pressa, por que tinha que escrever para outras pessoas. O papel era o que tivesse: caderno, ofício, tem uma que é batida no computador, outra com aquele círculo de lágrima.
A Sandra era mais distante. Uma pen friend, daqueles que existiam quando existiam cartas. As dela eram em papel com marca d'água. Delicadas e com letras cuidadosas. Sempre em tinta preta (tenho cartas com diversos tipos de tinta e a lápis, da Carol). Os papéis tinham texturas diferentes.
A carta já dizia quem era o remetente. Pelo remetente, era possível adivinhar o destinatário. Pelo menos, era possível saber o lugar do destinatário na cabeça e coração do remetente. Isso não se vê mais, entre as arrobas e os pontocom. Esse mundo mudou, está mais prático e eficiente. Odeio quem fez meu mundo prático e eficiente!
Postado por
Pedro Wolff
às
31.3.04
0
comentários
sexta-feira, 19 de março de 2004
Qdo eu trabalhava na ConnAction, nós tínhamos um vídeo com um texto maravilhoso. A Renata, linkada ao lado, participou de um dos nossos workshops e conseguiu o texto. Ela postou no blog dela, mas eu tive que roubar. Tá indicada a fonte, viu?
Recentemente, o Pedro Mial, repórter, gato e amigo de ocasião do Cazuza, traduziu e musicou o texto. Virou o hit Filtro Solar.
Wear sunscreen.
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long-term benefits of sunscreen have been proved by scientists, whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience. I will dispense this advice now. Enjoy the power and beauty of your youth. Oh, never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they've faded. But trust me, in 20 years, you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked. You are not as fat as you imagine. Don't worry about the future. Or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubble gum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind, the kind that blindside you at 4 p.m. on some idle Tuesday. Do one thing every day that scares you. Sing. Don't be reckless with other people's hearts. Don't put up with people who are reckless with yours. Floss. Don't waste your time on jealousy. Sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long and, in the end, it's only with yourself. Remember compliments you receive. Forget the insults. If you succeed in doing this, tell me how. Keep your old love letters. Throw away your old bank statements. Stretch. Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives. Some of the most interesting 40-year-olds I know still don't. Get plenty of calcium. Be kind to your knees. You'll miss them when they're gone. Maybe you'll marry, maybe you won't. Maybe you'll have children, maybe you won't. Maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much, or berate yourself either. Your choices are half chance. So are everybody else's. Enjoy your body. Use it every way you can. Don't be afraid of it or of what other people think of it. It's the greatest instrument you'll ever own. Dance, even if you have nowhere to do it but your living room. Read the directions, even if you don't follow them. Do not read beauty magazines. They will only make you feel ugly. Get to know your parents. You never know when they'll be gone for good. Be nice to your siblings. They're your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future. Understand that friends come and go, but with a precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle, because the older you get, the more you need the people who knew you when you were young. Live in New York City once, but leave before it makes you hard. Live in Northern California once, but leave before it makes you soft. Travel. Accept certain inalienable truths: Prices will rise. Politicians will philander. You, too, will get old. And when you do, you'll fantasize that when you were young, prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders. Respect your elders. Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund. Maybe you'll have a wealthy spouse. But you never know when either one might run out. Don't mess too much with your hair or by the time you're 40 it will look 85. Be careful whose advice you buy, but be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia. Dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen.
Postado por
Pedro Wolff
às
19.3.04
0
comentários
Ah, sim, imitando a Carol, estive revisitando meu refúgio de adolescência. Fui a Petrópolis e encontrei um velho amigo. Ao bater na porta, ele perguntou quem era e eu respondi "seu passado!"
Fomos dar uma volta e fumar um charuto. Lembramos de quando fazíamos bobagens e violência gratuita. Como eu era violento! E vimos como nós mudamos, crescemos. Quanto mais muda, mais é o mesmo. Curioso.
Foi como voltar para casa depois de anos numa campanha distante.
Postado por
Pedro Wolff
às
19.3.04
0
comentários
Exercício de vida
Feche os olhos por apenas 5 segundos. Pense num dia cinza e numa florzinha miúda, cor-de-rosa com o pólen amarelo. Inspire e expire.
Abra os olhos. É você!
Postado por
Pedro Wolff
às
19.3.04
0
comentários
A bem da verdade, tenho sentido falta de postar. Por outro lado, também tenho falta de sentido em muitas outras coisas.
Que bom que a terapia já está no fim.
Postado por
Pedro Wolff
às
19.3.04
0
comentários
Este post é só para fazer o Quintino me atualizar no blog dele.
Ele é carente e sente minha falta. Gosta quando eu falo mal dele... Aliás, não tem como falar bem, né? O sujeito é pefelista, tefepelista, gordo e vesgo. Sem contar as quizumbas que ele arruma nos motéis!!
Postado por
Pedro Wolff
às
19.3.04
0
comentários
terça-feira, 17 de fevereiro de 2004
Aliás, desculpe a ausência, Carol, mas feliz aniversário. Foi realmente impossível chegar...
Postado por
Pedro Wolff
às
17.2.04
0
comentários
Hoje, um artigo meu foi publicado na Gazeta Mercantil.
Bom.
Postado por
Pedro Wolff
às
17.2.04
0
comentários
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004
De repente me veio um sentimento de "sou contra toda essa coisa que taí"...
Postado por
Pedro Wolff
às
12.2.04
0
comentários
sexta-feira, 30 de janeiro de 2004
A garçonete do café onde costumo passar o fim do dia veio falar comigo sobre pena de morte. Eu devo atrair garçons que falam. Na última sexta, um garçom veio chorar a traição da mulher com o seu melhor amigo. Quase cantei a música do Reginaldo Rossi: "freguês, aqui nessa mesa de bar, você já cansou de escutar..." Mas ela veio falar de coisa séria e de um assunto que eu gosto. Veio perguntar se eu concordava.
Como eterno defensor de direitos humanos, eu me posicionei contra. O argumento dela foi o mais recorrente e o mais fácil de rechaçar: "e se a sua filha fosse estrupada? O que você faria?" E ela teve que ir atender alguém antes da minha resposta. E ela voltou para me contar uma história. Ela mora na Nova Holanda, uma das favelas mais perigosas do Rio. Disse que em frente à casa onde mora, um sujeito foi executado pelos traficantes. Ela ficou chocada com a cena. Não quer que sua filha veja essas coisas.
Ela não sabe, mas ela é contra a pena de morte!
Postado por
Pedro Wolff
às
30.1.04
0
comentários
terça-feira, 27 de janeiro de 2004
Se alguém visitar o site do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR, vai poder ver o diário da Angelina Jolie e sua experiência com os refugiados. Para quem não sabe, ela é a embaixadora da boa vontade dessa agência da ONU.
No diário, ela fala, entre outras coisas, da morte do Sérgio Vieira de Mello, que serviu o ACNUR por muitos anos, antes de se tornar Alto Comissário para Direitos Humanos. Por que, diabos, eu fico fuxicando essas coisas?
Postado por
Pedro Wolff
às
27.1.04
0
comentários
Quintino se entrevistou para o próprio jornal. Acho que é hora de aumentarem as doses de Haldol do garoto!
Lamentável, lamentável.
Postado por
Pedro Wolff
às
27.1.04
0
comentários
quarta-feira, 21 de janeiro de 2004
Já saiu a primeira mulher do BBB4. Ainda dá tempo para as fotos!
Queremos nudez gratuita!!!
Postado por
Pedro Wolff
às
21.1.04
0
comentários
terça-feira, 13 de janeiro de 2004
Fui ver As Duas Torres, versão extendida, com 41 minutos a mais de um filme que já tem 3 horas, na versão "compacta".
Eu não sabia que era possível prender a respiração por mais 41 minutos!!
Postado por
Pedro Wolff
às
13.1.04
0
comentários
Céus! Estou virando nerd. Qualquer dia começo a fazer piada feito o Quintino!!!
Postado por
Pedro Wolff
às
13.1.04
0
comentários
quarta-feira, 7 de janeiro de 2004
Está aberta a temporada de escolha de uma nova citação. Quem tiver sugestões, envie. Não serão aceitas as citações com acentos gráficos. A razão é simples: eu não sei usá-los no template. Aliás, se alguém souber, também pode informar.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.1.04
0
comentários
Como a maioria de vocês já deve saber, o reveillon foi na Ilha Grande, meu refúgio. O lugar, como vocês já devem saber, é mágico. Se não conhecem, deveriam. Sempre tem gente interessante e os campings ficam repletos de harmonia.
Acho que conheci uma figura mitológica por lá: um homem apaixonado. Deve ser o último de uma raça inteira. Era triste como uma fotografia em preto e branco e a voz, que saia debaixo de uma barba grisalha, parecia ecoar no fundo da cabeça, sem passar pelos ouvidos. Faz tempo não vejo ninguém assim. Só devem existir em São Paulo.
Ele se apaixonou pela dona do camping. Que idéia! Todo mundo sabe que não se tenta nada com a dona da festa. Ela está sempre ocupada demais. Assim, os “demônios da solidão” acharam um bom lugar para estacionar.
A chuva, sempre benvinda, acabou atrapalhando um pouco. É mais difícil manter os pés e a barraca limpos quando chove. Ainda assim, ficar lá dentro, ouvindo as gotas tamborilando no teto e sentindo o friozinho que faz é uma delícia. É a oportunidade que se tem de sentir o mundo girando. E como gira!
Os dias passam devagar e rápido, ao mesmo tempo. O tempo leva o tempo que precisa levar e isso é incrível. Já ouvi dizer que Deus dá o frio de acordo com o cobertor e parece verdade. Lá eu aprendi isso.
Na volta, essa fumaça concreta nubla a minha visão.
O bangalô fica na nossa cabeça.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.1.04
0
comentários
domingo, 21 de dezembro de 2003
Tecla Undo
Eu fui convidado para três casamentos, que aconteceram neste fim de semana. Por ordem cronológica de convite: o da irmã da Estela, o de um dos meus melhores amigos (veja o site ConnAction. É a empresa dele) e o da minha prima. Os dois primeiros foram no Rio, o dela foi em Itu. Acabei escolhendo ir ao da minha prima. Dois motivos principais foram aquela velha história de família, blablablá e a vontade de reaproximar dos meus tios, depois de diversos mal entendidos. Não podia ter escolhido pior.
O casamento do Pistilli foi ótimo. Três bandas tocaram, tudo estava animado. A Estela fez tudo o que eu queria estar por perto, quando ela fizesse. Eu só conseguia pensar nela, lá. A festa em Itu estava tão chata que eu fui dormir à meia-noite! O pessoal do Rio chegou em casa às 5h!!! E a tal reaproximação? Agora, prefiro que continuem lá! Não gostei nada de como as coisas aconteceram. Se não queriam a família lá, podiam ter dito, oras.
Na volta, só remorso e raiva da festa que eu fui. Quando cheguei em casa, Estela contou como foi bom. Quando encontrei com ela, mais coisas boas para contar. E eu? Nada.
Comemos um cachorro quente. Quer dizer, eu só comi meio, já que a outra metade caiu na minha roupa. "O horóscopo disse para eu ficar em casa no fim-de-semana", pensei alto. Aquilo parecia ser a cereja do meu sundae azedo. Que nada! Ainda tinha chuva no caminho de volta para casa.
Eu odiei meu fim-de-semana. Cada hora, desde sexta-feira. Eu odiei a escolha que eu fiz. Pena que a vida não tem tecla undo...
Postado por
Pedro Wolff
às
21.12.03
0
comentários
quarta-feira, 10 de dezembro de 2003
Estou ouvindo Geraldo Azevedo, sentindo o cheiro da chuva que vai cair. Estou planejando ir para Ilha Grande em poucos dias, com a minha namorada, pensando em uma música para fazer. Estou escrevendo no meu blog. De repente vieram tantas coisas boas ao mesmo tempo!
Fiz uma retrospectiva deste ano e vi como eu quase abandonei a vida que eu amo. Como as coisas mudaram desde meados de janeiro. Quem eu era nessa época do ano passado e quem eu sou hoje. Nem melhor, nem pior, mas tão imensamente diferente!
Às vezes eu me sinto bem com isso. Outras, tenho medo, muito medo.
Postado por
Pedro Wolff
às
10.12.03
0
comentários
segunda-feira, 8 de dezembro de 2003
Aliás, tenho sentido saudades da Carol. Espero que quando ela volte da caserna esteja lutando igual a Trinity (no primeiro filme, que nos dois últimos está horrível!).
Postado por
Pedro Wolff
às
8.12.03
0
comentários
Enquanto isso, no telefone de Jerusalém:
Ariel Sharon: Vocês ainda têm concreto aí?
Gerhard Schröder: Peraí! Acho que sobrou do muro de Berlin...
Postado por
Pedro Wolff
às
8.12.03
0
comentários
segunda-feira, 1 de dezembro de 2003
You've got mail
Para que servem os cartões postais? Alguém se desloca daqui para outra cidade e te manda uma foto tirada por sei-lá-quem, comprada numa banca de jornal e te manda pelo correio. A mensagem é sempre a mesma: "lembrei de você", com essas ou outras palavras. Será?
Quando eu lembro de alguém, procuro alguma coisa que tenha a ver com essa pessoa. Não necessariamente compro nada para ela. Eu adoro pedras. Se alguém lembrar de mim em Tintagel, como, aliás, já aconteceu, basta agachar, pegar uma pedra no chão e me trazer. A alfândega nem vai reclamar.
Eu gosto de histórias e de gente. Fotografias, em geral, trazem as duas coisas. São mais pessoais. "Aqui, o Paulinho se arrebentou", "atrás dessa pedra foi que a gente apertou um baseado", "depois dessa casa é que vinha a cachoeira". E por aí vai. Isso é bonito, isso é tocante. Foto de dia feio, do carro atolado... Isso tem história. E é história de gente que eu conheço.
Numa viagem, é comum a gente ver alguma coisa que lembra uma pessoa que a gente deixou na nossa cidade. É só fazer alguma coisa íntima, alguma coisa pessoal e mostrar que lembrou de verdade dessa pessoa. Ou não, nem faz. Basta saber que lembrou. Isso tem muito mais significado, é muito mais bonito.
Postado por
Pedro Wolff
às
1.12.03
0
comentários
quarta-feira, 12 de novembro de 2003
Estou voltando de um coquetel da minha antiga empresa. Nossa, como eu já estive com gente importante. Sou tão mais feliz hoje em dia!!
Mas descobri que temos um blog, que eu vou ter que conhecer: priceanos.blogspot.com.
Postado por
Pedro Wolff
às
12.11.03
0
comentários
domingo, 2 de novembro de 2003
Vale lembrar: estou no meu inferno astral. Dias piores virão!
Postado por
Pedro Wolff
às
2.11.03
0
comentários
Balanço do fim de semana. Sexta, fui beber com os amigos e a namorada. Como de costume, falei demais e a namorada não gostou. Preciso me acostumar com a idéia de que a Estela não é mais uma "amiga". É namorada. Tenho que medir as coisas que eu digo na frente dela. Faz um ano e a cumplicidade é tamanha que eu vivo me esquecendo.
Além disso, mergulhei, tomei chuva e passeei com a minha filha no aniversário dela.
E você? O que fez?
Postado por
Pedro Wolff
às
2.11.03
0
comentários
domingo, 26 de outubro de 2003
Enquanto Estela está fora...
O argentininho fala com seu pai:
- Papa, quando yo crescer yo quiero ser como usted.
- E por que, mi hijo?! - pergunta o orgulhoso portenho.
- Para tener un hijo como yo.
----------------------------------------------------------------------------
Por que há tantos partos prematuros na Argentina?
- Nem as mães agüentam um argentino por 9 meses!
----------------------------------------------------------------------------
Notícia no principal telejornal argentino: "Uruguai e Argentina empataram hoy el jogo por la Copa América: zero gols para el Uruguai e ZERO GOLAÇOS
para la Argentina!"
----------------------------------------------------------------------------
Por que não há terremotos na Argentina?
- Porque nem a terra os engole...
----------------------------------------------------------------------------
O que dá a mistura de um argentino com um paraíba?
- Um porteiro que se acha o dono do prédio!
----------------------------------------------------------------------------
O presidente argentino, em visita oficial ao Brasil, iria conhecer uma
escola de Brasília. E o diretor da escola foi preparar seus alunos para
receberem bem a importante visita:
Vocês devem ser educados com o senhor Nestor Kirchner. Joãozinho, eu vou
perguntar a você o que é a Argentina para nós. E você responderá que a Argentina é um país amigo.
- Não, diretor! A Argentina é um país irmão.
- Muito bem, Joãozinho. Mas não precisa de tanto. Diga apenas que a
Argentina é um país amigo.
- Não é não, a Argentina é um país irmão!
- Tá bom, Joãozinho. Porque você acha que a Argentina é um país irmão, e não
um país amigo?
- Porque amigo a gente pode escolher!
----------------------------------------------------------------------------
A filha chega em casa aos prantos e diz para a mãe:
- Mãe, mãe, fui violentada por um argentino!
- Mas... como você sabe que era um argentino?
- Ele me fez agradecer.
----------------------------------------------------------------------------
Qual a diferença entre os argentinos e os terroristas?
- Os terroristas têm simpatizantes.
----------------------------------------------------------------------------
Qual é a semelhança entre um argentino humilde e o Super-Homem?
- Nenhum dos dois existe.
----------------------------------------------------------------------------
O que é o ego?
O pequeno argentino que vive dentro de cada um de nós.
----------------------------------------------------------------------------
Postado por
Pedro Wolff
às
26.10.03
0
comentários
Espero que Estela tenha curtido a noite do Tango Mio. A minha noite foi ótima! Fiquei assistindo Ali (excelente trilha sonora) e comendo castanha de caju.
Essa liberdade no fim-de-semana me mata!!
Postado por
Pedro Wolff
às
26.10.03
0
comentários
sexta-feira, 24 de outubro de 2003
Minha namorada foi passar o fim-de-semana fora. Viajou com o pai e a namorada dele para Buenos Aires. Isso me dá uma sensação de liberdade... Horrosa. Hoje é o primeiro dia e eu estou esperando para ouvir a voz dela. Odeio sentir saudades.
Bom, só nos resta esperar até segunda.
Postado por
Pedro Wolff
às
24.10.03
0
comentários
quinta-feira, 16 de outubro de 2003
Estou gripado. Mau humor, pálpebras pesando uma tonelada cada, nariz entupido. Enfim, o mundo contra mim e eu contra o mundo. Eu estou no primeiro dia do resfriado. É a fase conhecida nos meios médicos como "eu preferia estar morto".
E no fim de semana tenho que dar aula em Miguel Pereira. Aliás, vou comemorar meu primeiro ano de namoro lá e é feriado na segunda para a minha categoria. Bom...
Postado por
Pedro Wolff
às
16.10.03
0
comentários
terça-feira, 14 de outubro de 2003
American Way of Life
Ontem, eu vi um anúncio no jornal. Dizia, em mal português e mal espanhol, que uma empresa americana buscava profissionais brasileiros que falassem espanhol. A remuneração era entre US$ 800 e US$ 2.000 e o horário era parcial, ou integral. Achei graça, fiquei curioso. Talvez fosse algo sério, talvez piada. Estela até ensaiou o diálogo:
"-Dói?
-Não.
-Então eu aceito."
Não era bem assim. Eu esperava que tivesse algo a ver com coisa séria. Talvez alguma empresa nova, investindo pesado em profissionais de todas as áreas. Quando liguei para o telefone, descobri que tinha que estar às 18:45h no Largo do Machado. A moça que me atendeu tinha forte sotaque estrangeiro. Pronto! Agora eu não queria nada com essa empresa. Estava tudo muito secreto, muito esquisito. Resolvi ir, só porque achava que ia flagrar algum descaso com a legislação trabalhista/ambiental/civil/previdenciária brasileira.
Cheguei lá e quase não contive o riso: Herbalife. Herbalife! Eles estavam contratando vendedores. "Quer emagrecer? Pergunte-me como". Quase perguntei: "como?" Mas parei e fiquei olhando. Fomos todos recebidos com uma música chata (aliás, deve ser a única) da Natalie Imbruglia. Depois, várias pessoas disseram há quanto tempo usam Herbalife e como isso mudou suas vidas e perfis. A seguir, outras pessoas disseram como estão ganhando muito dinheiro vendendo o pozinho do piriri.
O sistema é simples. Você compra um kit do produto e vende. Eles te dão cursos de marketing. Você pode montar uma equipe de vendedores e ganhar em cima da produção deles. Tem gente que garante estar fazendo muito dinheiro com isso. Acredito. Tem gente que diz que o produto realmente apresenta resultados e que não tem contra indicação. Acredito. Afinal, como disse um deles, eles estão em 59 países. São 59 ministérios do trabalho e 59 ministérios da saúde. Não deve ser ilegal.
Mas eu não posso vender um produto em que eu não acredito. Não é que eu não acredite nos resultados. Eu não acredito no produto. O troço foi inventado por um sei-lá-o-que Hughes, americano. Ficou órfão de mãe, quando ela, atriz de róli-údi tomou uma overdose de remédios para emagrecer. Chocado com o culto ao corpo, estudou e, em 1980, lançou o Herbalife. Totalmente natural.
O sujeito arranjou um jeito de ficar rico às custas da mãe! Mais que isso, está fomentando a mesma indústria que o fez órfão. Lá, ninguém falou sobre o produto. Ninguém tentou defender por mais que 5 minutos os seus resultados. Por meia-hora, todos disseram: isso dá dinheiro. "Eu fiquei rico em menos de um ano", "eu levantei minha empresa". Sempre assim. Ganhe, faça dinheiro. Tenha seu carro importado. Ninguém quer saber o que vender. Só quer vender.
Não consigo entender isso. Tenho sonhos de consumo. Tenho um padrão de vida relativamente caro e gostaria que fosse ainda mais caro. Mas não consigo ter toda essa ambição. É tão difícil assim esperar pelas coisas? É tão necessário ter tudo agora junto? Mais ainda: como é que eu consigo acreditar nos resultados de uma mercadoria, mas não consigo acreditar na mercadoria em si? Serei eu o único a enxergar a diferença?
Postado por
Pedro Wolff
às
14.10.03
0
comentários
Faltou mencionar: tenho um novo projeto de música. Estou tocando todas as quintas-feiras no Gioconda, um café na galeria da Livraria Leonardo da Vinci. Se você mora no Rio e conhece a livraria, vale dar um alô. A música é difícil de descrever. O estilo mistura Madredeus com Cantorias, mas o repertório é MPB, além de algumas peças minhas. Não paga nada para ouvir, estar lá ou qualquer coisa. Só paga o que consumir.
Se você não conhece o lugar, não precisa ir. Provavelmente não vai gostar.
Quem eu queria que pudesse ir é a Carol. Ela ia gostar e eu também. Minas fica tão longe, às vezes. Espero que ela se recupere dessa vida de caserna.
Postado por
Pedro Wolff
às
14.10.03
0
comentários
segunda-feira, 13 de outubro de 2003
Minha namorada mandou fotos da Danielle Winnits. Isso sim é autruismo!!
Postado por
Pedro Wolff
às
13.10.03
0
comentários
Nossa! Esse blog ainda existe!!!
Fazia tempo que eu não vinha aqui. Quanta teia de aranha, morcego, bichos nojentos!
Estela mandou dizer que minha ausência se deu por conta de noites intermináveis de sexo selvagem. Ela deve desmentir isso porque é tímida, mas vocês nos conhecem.
Bom, vamos ao que interessa: estou em uma nova ONG. A Direito de Saber, cujo site está linkado ao lado. A proposta é corajosa: desenvolvimento social através da educação para a cidadania. Em outras palavras, a intenção é ensinar às pessoas os direitos elas têm. O conhecimento da cidadania. É tanta coisa e é tão simples que eu fico chocado como isso não nos foi ensinado na escola...
O resultado, vou contar mais tarde, quando os tiver.
Postado por
Pedro Wolff
às
13.10.03
0
comentários
sábado, 30 de agosto de 2003
Comentário atrasado: atendendo aos votos da maioria, Quintino está gordo!
Agora fica vesgo, Quin!
Postado por
Pedro Wolff
às
30.8.03
0
comentários
quarta-feira, 20 de agosto de 2003
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homen conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime de direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efectivo dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais;
Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso:
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os orgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4°
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.
Artigo 5°
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Artigo 6°
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.
Artigo 7°
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8°
Toda a pessoa direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.
Artigo 9°
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10°
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.
Artigo 11°
1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.
Artigo 12°
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.
Artigo 13°
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.
Artigo 14°
1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por actividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 15°
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo 16°
1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado.
Artigo 17°
1. Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 18°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.
Artigo 19°
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.
Artigo 20°
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21°
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios, públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22°
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.
Artigo 23°
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.
Artigo 24°
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas.
Artigo 25°
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma protecção social.
Artigo 26°
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escholher o género de educação a dar aos filhos.
Artigo 27°
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28°
Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração.
Artigo 29°
1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
2. No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30°
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.
Postado por
Pedro Wolff
às
20.8.03
0
comentários
terça-feira, 19 de agosto de 2003
Imunidade Diplomática
Estatui o Artigo 14 da Seção IV da Convenção sobre Funcionários Diplomáticos de Havana, assinada em 1928 que estes serão invioláveis na sua pessoa, residência particular ou oficial e bens. A mesma Convenção ressalta que funcionários como os da ONU (na época este organismo ainda não existia) são considerados diplomatas. Em outras palavras, os funcionários de organismo internacional gozam das mesmas imunidades dos diplomatas.
Brasileiros são internacionalmente reputados como hospitaleiros e pacíficos. Isso faz de nós um povo com inquestionável vocação diplomática. Nossa escola de formação de diplomatas, o Instituto Rio Branco, é mundialmente conhecido como centro de excelência. Os cariocas, bairrismos a parte, são o maior símbolo desse comportamento. Não quero ofender os nascidos em outros Estados, mas quando pensam em Brasil, os estrangeiros ainda pensam no riso fácil dos cariocas, antes da capoeira da Bahia ou negócios em São Paulo. O Rio ainda tem essa aura.
Sérgio Vieira de Mello personificava tudo isso. Ele era carioca, portanto, brasileiro. Diplomata, funcionário de carreira da ONU. Como a maioria já deve ter ouvido falar, foi morto hoje, 19 de agosto, em Bagdad, em um atentado terrorista. Por motivos pessoais, estou transtornado com o desaparecimento dessa autoridade em Direitos Humanos. Por outros motivos, estou preocupado. Sua morte faz pensar.
Brasileiros sempre se consideraram imunes aos conflitos armados externos. Das três guerras em que tomamos parte, saímos vitoriosos em duas. O terrorismo sempre passou ao largo das nossas fronteiras. Aliás, gabamo-nos de ser o território em que árabes e judeus vêm se encontrar para uma cerveja. Quem duvida, que passeie pelas ruas da Sociedade de Antigos Amigos da Rua da Alfândega, conhecida como SAARA, aqui no Rio.
Usando uma racionalidade que apenas disfarça nossa discontração, dizemos que os radicais árabes dificilmente praticariam atos terroristas no Brasil porque este é um país em que podem se exilar com facilidade. Se eles realmente pensam assim, têm razão. Ou tinham.
A América parece estar entrando no cenário global. As duas Grandes Guerras da História tiveram a Europa como palco. Sempre nos achamos a uma distância confortável de toda aquela quizumba. De repente, aviões derrubam prédios em NY e um alto funcionário da ONU brasileiro é assassinado. Finalmente estamos tocando a sujeira do chão onde pisamos. Antes, mandávamos tropas para fazer guerra por lá. Parece que a guerra está chegando.
Ainda em choque com a morte de Vieira de Mello, eu disse que os terroristas não sabiam quem eles tinham matado. Agora, discordo de mim mesmo. Acho que sabiam. Souberam ferir profundamente. Brasileiros envolvidos em assuntos internacionais estão consternados, organismos internacionais lamentam, a reforma do Iraque está em cheque. Conseguiram desestabilizar a garantia de uma democracia árabe. Um golpe sujo e covarde, mas de efeitos precisos: garantiram seus próprios interesses.
Qualquer atitude que a ONU tome poderá ser considerada intempestiva. Qualquer atitude do Governo Brasileiro pode ser entendida como represália. Hábeis esses terroristas! Talvez consigam, realmente, comprometer os diálogos de paz.
E nós? Será que o Brasil quer brincar de gente grande? Estaremos preparados para os bônus e os ônus? Sérgio Vieira de Mello esperaria que sim. Eu também.
Postado por
Pedro Wolff
às
19.8.03
0
comentários
domingo, 17 de agosto de 2003
terça-feira, 5 de agosto de 2003
Em que pese a certeza do comentário que o Quintino fará, estou na melhor fase da minha vida. Não tenho lembrança recente de estar tão bem.
Postado por
Pedro Wolff
às
5.8.03
0
comentários
quinta-feira, 24 de julho de 2003
Algumas pessoas não merecem o cargo que têm. Outras, põem em risco o público pelo cargo que têm. Não sei se é porque eu sempre trabalhei em empresas privadas de prestação de serviços, mas eu sou muito rigoroso com a qualidade do atendimento. Isso posto, acho que existe um mínimo de respeito que não pode ser negligenciado. Digo isso por causa da advogada dativa de um juizado especial a quem fui pedir orientação e assistência. Ela foi grosseira no trato e no atendimento. Negligenciou os meus interesses por capricho próprio, respondeu rispidamente um senhor que lhe pediu ajuda, não soube fazer contas (nem ler um papel com as instruções) e me agrediu verbalmente.
O mais difícil foi tentar manter um nível de respeito profissional que ela se esforçava por aniquilar. A aberração atende ao público gratuitamente. Se cometeu todas essas asneiras comigo, imagino o que fará com os que dela dependem realmente. Funcionários públicos têm uma função social a desempenhar. Não é porque não são diretamente pagos pelo contribuinte que não têm deveres para com este.
Isso posto, prepare-se, doutora. Eu sou vingativo.
Postado por
Pedro Wolff
às
24.7.03
0
comentários
terça-feira, 22 de julho de 2003
Faz tempo que não venho aqui. O trabalho anda me sugando muito. De todo jeito, como disse a Carol, é ótimo encontrar gente por acaso. Eu volto!!
Postado por
Pedro Wolff
às
22.7.03
0
comentários
This one goes to the one I love:
LAY,LADY,LAY
Words and Music by Bob Dylan
1969,1985 Big Sky Music
"Lay, lady, lay, lay across my big brass bed
Lay, lady, lay, lay across my big brass bed
Whatever colors you have in your mind
I'll show them to you and you'll see them shine
Lay, lady, lay, lay across my big brass bed
Stay, lady, stay, stay with your man awhile
Until the break of day, let me see you make him smile
His clothes are dirty but his hands are clean
And you're the best thing that he's ever seen
Stay, lady, stay, stay with your man awhile
Why wait any longer for the world to begin
You can have your cake and eat it too
Why wait any longer for the one you love
When he's standing in front of you
Lay, lady, lay, lay across my big brass bed
Stay, lady, stay, stay while the night is still ahead
I long to see you in the morning light
I long to reach for you in the night
Stay, lady, stay, stay while the night is still ahead"
Postado por
Pedro Wolff
às
22.7.03
0
comentários
quinta-feira, 10 de julho de 2003
Eu estou montando uma empresa de turismo ecológico. Deixei o site ao encargo de um amigo webdesigner. Outro dia, uma amiga disse que achava ter encontrado o meu site. Ela estava procurando cursos de escalada e encontrou um site que achava ser da minha empresa.
Eu expliquei a ela que o site da empresa ainda não está no ar. Meu único site é Outros 500. Ela pergunta:
-Tá, mas qual é o nome do seu site?
-Outros 500...
Postado por
Pedro Wolff
às
10.7.03
0
comentários
segunda-feira, 7 de julho de 2003
Por que chamam bungee jump de "esporte" radical? É algum esporte a pessoa se inclinar para frente?
Acho que bonecos de testes de acidentes são grandes esportistas!
Postado por
Pedro Wolff
às
7.7.03
0
comentários
Tenho medo dessa coisa de escreverem comentários maiores que os posts virar moda. Já pensou?
Comentário bom é o do Quintino. Simples e francos.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.7.03
0
comentários
Rosinha e Cesar Maia de mãos dadas... Só o COB é capaz de certas cenas...
Postado por
Pedro Wolff
às
7.7.03
0
comentários
terça-feira, 1 de julho de 2003
Eu ia escrever um VoxCard e um post de feliz aniversário para a Bia. Hoje é aniversário dela e, em quase 10 anos de amizade (a acuidade desta datação é ponto de discórdia), é a primeira vez que ela passa longe. Por sorte, eu a encontrei no icq e isso me poupou muito esforço mental.
Assim, posso só lembrar dos aniversários passados. Por exemplo, aquele que eu dormi bêbado no colo dela no sofá da sala, aos 16 anos de idade. Depois disso, os pais dela se tomaram de amores por mim. Nunca mais a deixavam sair se eu não estivesse por perto. Pais têm um sentido de lógica esquisito.
É sempre difícil passar o aniversário com ela. Minha irmã faz aniversário no mesmo dia. Hoje, Bia mora em Minas Gerais. Uma terra ótima, pois me permite fazer várias piadas. Pela primeira vez, minha irmã me teria só para ela, para comemorar. Mas ninguém responde na casa do meu pai e eu não consegui dar parabéns a ela. Irônico, não?
Em todo caso, feliz aniversário às duas. Minha prima e minha irmã.
Postado por
Pedro Wolff
às
1.7.03
0
comentários
domingo, 29 de junho de 2003
Uma amiga transmitiu o post em que eu falo de Deus a várias pessoas por e-mail. Isso é um perigo. Vão começar a achar que eu penso!
Postado por
Pedro Wolff
às
29.6.03
0
comentários
sábado, 28 de junho de 2003
A central de posts do meu blog tá diferente! Muito chique. Era o mínimo merecido, depois de dois dias fora do ar.
Agora, preciso entender o que eu ganhei de verdade com isso...
Tenho pensado: informática muda tudo, mas continua a mesma coisa. Ou então, me dá coisas novas de que eu absolutamente não preciso.
Isso me ocorreu na compra do celular. Todo mundo vinha me oferecer um modelo com toques polifônicos. Para quê? O velho trim-trim continua funcionando!
Postado por
Pedro Wolff
às
28.6.03
0
comentários
Para as cambalacheiras de plantão (isso inclui o vesgo do Quintino), comprei um celular novo. Sim, é da Tim. Todo mundo já deve ter recebido um e-mail com o número novo.
É só ligar!
Quem não recebeu (por alguma estranheza tecnológica), me escreve no ENTRE EM CONTATO aí do lado e eu mando o número.
Postado por
Pedro Wolff
às
28.6.03
0
comentários
terça-feira, 24 de junho de 2003
O velho, o menino e o burro
A compra de um celular novo virou novela. Eu montei diversas planilhas de preço dos serviços. Simpatizei pela TIM. Calculei todas as opções, tomei decisões... Optei pela Oi. De cara, todo mundo votou contra.
Mas, resoluto, entrei na loja da Oi e pedi o modelo que eu tinha gostado (R$ 200 mais caro na Oi que na TIM, mas a empresa é que paga uma parte, mesmo...). Passei o cartão. Bloqueado. Ok, então, parcela em cheques. É importante parcelar, já que eu vou aproveitar a parte que a empresa vai pagar para aplicar o dinheiro e ter rendimentos para diminuir a diferença paga pelo meu bolso sofrido.
Então, dei entrada no cartão de débito automático e passei os cheques para serem preenchidos automaticamente. Nesse meio-tempo, habilitei a linha. Deu problema no preenchimento automático. Para não perder tempo, fiquei com o aparelho e de voltar à loja mais tarde, só para assinar os cheques que já deveriam estar preenchidos.
Passei o número novo para minha namorada, meu pai e meu melhor amigo na mesma hora. Fiquei feliz da vida com o aparelho. Voltei mais tarde à loja, só para assinar os cheques e levar o resto do material do aparelho. Qual não foi minha surpresa quando disseram que não poderiam aprovar o crédito porque minha conta era muito recente.
Então, deixei o aparelho na loja (já tendo pago a entrada) e vim para casa. Pensei, pensei, pensei... A TIM é mais cara, mas tem melhores serviços. Quer saber, vou fazer o que eu já queria fazer: comprar o mesmo aparelho pela TIM. Ele vai sair mais barato. Agora, tenho que voltar à loja da Oi e cancelar a compra. Pedir o dinheiro de volta. Isso vai dar um trabalho...
Amanhã eu conto como ficou.
Desde já, Estela fica sabendo que devemos ter mudanças no número...
Postado por
Pedro Wolff
às
24.6.03
0
comentários
domingo, 22 de junho de 2003
Vou deixar a Carol explicar a nova citação.
Espero que ela ainda se lembre!!!
Postado por
Pedro Wolff
às
22.6.03
0
comentários
O pior do fim do feriado vai ser fazer a barba amanhã. Que saco!
Postado por
Pedro Wolff
às
22.6.03
0
comentários
Harmonia e imperfeição
Vamos partir de uma premissa essencial: Deus existe porque eu acredito nele e não existe porque você não acredita nele. Para chegar a essa premissa, dois raciocínios são imprescindíveis. O primeiro, de que é impossível argumentar a existência de Deus pela razão, ou pela experimentação. Assim, o crente não precisa justificar sua crença, assim como o ateu não precisa justificar seu ateísmo. O segundo, afirma que o universo é como nós queremos enxergá-lo. Por exemplo, antes de Darwin, todas as evidências apontavam para a origem do homem ter acontecido exatamente como descrito na Bíblia: nós somos a única espécie capaz de falar, a única capaz de construir... Depois disso, ficou evidente que nós descendemos dos macacos. É só olhar o DNA e os fósseis.
Bom, partimos da premissa e já ficou explicado como se chega lá. Agora, não vou inventar de catequizar ninguém. Se você for ateu (como eu já fui), pode continuar não acreditando. Não acho que você vá para o inferno por isso. (O último argumento não se aplica caso o seu primeiro nome seja Quintino). Ainda assim, vou dar a minha visão de Deus. A forma como eu percebo a idéia de divindade. Alguns podem ficar surpresos, mas eu sou bastante católico. Eu uso minha religião como uma forma de reflexão, de evasão e de encontro comigo mesmo. É um excelente meio de filosofia. Acho importante ser assim. Um religioso que não pensa sua crença está fadado ao escravismo mental.
Então, vinha eu pensando em Deus. É muito difícil imaginá-lo. É quase impossível senti-lo, ou percebê-lo. De todo modo, podemos perceber os frutos de sua existência. Um desses frutos, ou o principal deles, é a harmonia. Repare como tudo a nossa volta, cada item da natureza está em harmonia. Mesmo no caos parece haver um método. Aos que crêem, para tudo parece haver uma explicação que nos saltará aos olhos cedo ou tarde. É dessa maneira, através de uma harmonia imanente do Cosmo, que Deus se manifesta aos homens.
Pensando nisso, eu pensei em uma "experiência". Claro que é impossível provar a existência de Deus pela experimentação. Isso servia apenas para mostrar a origem do meu ponto de vista. Ela funciona através de um silogismo: o desenho do nosso cérebro determina a maneira como nós pensamos. O desenho do nosso cérebro é determinado pelo nosso DNA. Logo, nossa carga genética determina nossa forma de pensar. Fácil, não? Mas, até aí, nada de Deus. Então, se gêmeos idênticos possuem a mesma carga genética, sua forma de pensar será idêntica. Para comprovar, basta dar aos dois o mesmo texto literário e pedir que opinem sobre ele. Qualquer um sabe que cada irmão terá uma opinião. Aí está: Deus é que permite que cada um de nós seja um indivíduo, apesar do que diz a natureza.
Mas eu estava errado. Se você ainda não identificou meu erro, eu explico: nossos cérebros são muito frágeis quando nascemos. A caixa craniana ainda não se solidificou de maneira apropriada. Assim, se, durante o sono, um dos bebês foi virado para a direita e o outro para esquerda, uma série de neurônios foi morta. Isso faz com que, por exemplo, onde antes trabalhava um neurônio, três vão ter que tomar o lugar, sem nenhuma seqüela maior para o desenvolvimento do indivíduo, mas alterando completamente sua forma de raciocinar. Pronto. A natureza tem explicação.
Então, pensei: a natureza precisa ter uma explicação. Sempre terá. Deus não permitiria que um indivíduo fosse idêntico ao outro. Ele precisa dar a cada um o livre arbítrio. Isso significa que Deus está lá, apesar de se manifestar de uma maneira ainda mais sutil do que eu havia imaginado antes. Ele precisa fazer com que haja diferença entre os indivíduos. É essa diferença, essa individualidade que permite a harmonia entre os homens.
Esta é a conclusão: Deus está nas diferenças harmônicas. Nos lugares em que é necessário fazer diferença, criar o caos, para que haja a harmonia, a ordem. Isso não prova a sua existência. Nunca foi meu objetivo provar a existência de Deus. Só prova, para os que nEle crêem, a sua grandeza.
Postado por
Pedro Wolff
às
22.6.03
0
comentários
terça-feira, 17 de junho de 2003
Aos meus leitores de plantão,
Eu, que não sou muito de escrever neste blog, estou mais distante ainda. Desculpem a ausência, mas o trampo e os estudos estão me detonando. (Claro, minha namorada, graças ao bom Deus, também tem me dado umas canseiras).
Mas prometo que é uma fase. Logo, logo eu volto!
Postado por
Pedro Wolff
às
17.6.03
0
comentários
segunda-feira, 9 de junho de 2003
Alguém é capaz de me dizer por que Pacto dos Lobos é um filme cult?
Alguém?
Qualquer um...
Carol?
Postado por
Pedro Wolff
às
9.6.03
0
comentários
terça-feira, 3 de junho de 2003
Quintino em curtas
Só para fazer oposição, o Quintino aí linkado, decidiu ser candidato pelo PFL. Lamentável, lamentável. Acho que é hora de arranjar alguma menina com mais de 13 (que número sintomático) anos!
Seguindo as decisões para o Ano-Novo, o mesmo gordo vesgo decidiu devolver o CD da minha namorada. Para tanto, devemos prometer não torrar sua paciência até o fim-de-semana. O preço é alto, mas será pago.
Em adendo, o roliço presenteou minha namorada com um terço. Não de seu salário, mas de um rosário, mesmo. Que presente mais sem sentido! Era no século XIX que se presenteava assim as pretendentes! Falando em pretendentes: tira os olhos da minha namorada! Eu peguei a última mulher bacana que existe no mundo.
(Momento piada machista: eu odeio mulheres. Gosto só de sexo e, por acaso, sou heterossexual.)
(Silêncio mental....
... De volta)
E, no fim-de-semana vindouro, o Qretino, aliado a seu fiel escudeiro Iatonto quer nos encontrar. Parece que o segundo anda com saudades de mim... Isso é tãããão romântico... Da última vez, enchemos a cara de mate gelado no Outback. Foi uma experiência curiosa.
Pronto. Cansei de bater.
Postado por
Pedro Wolff
às
3.6.03
0
comentários
domingo, 1 de junho de 2003
Matrix Reloaded é interessante. Efeitos maravilhosos e enredo devorador. O único problema é essa minha mania de ficar procurando os erros de lógica no filme. E eles existem. Especialmente quando se pensa em termos de continuidade do anterior. Muitas coisas estão fora dos eixos.
Ainda assim, antes que eu seja apedrejado pelos meus amigos, recomendo aos que não assistiram que assistam.
Depois, quero ver Desmundo.
Postado por
Pedro Wolff
às
1.6.03
0
comentários
Não sei quanto a vocês, mas meu fim de semana foi um dos mais incríveis da minha vida. Deus teve uma ótima idéia: os amigos ricos!!
Outra grande idéia de Deus: minha namorada.
Postado por
Pedro Wolff
às
1.6.03
0
comentários
terça-feira, 27 de maio de 2003
Ela costumava não gostar dele. Ainda assim, seu gosto mudou. Tenho pensado muito nela quando penso nessa música e vice-versa. Acho que, na fase atual, a música tem muito a ver com ela. Ainda mais, porque as duas têm o mesmo nome. Então, lá vai Carolina, de Chico Buarque.
Carolina nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu
"Carolina nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu."
Postado por
Pedro Wolff
às
27.5.03
0
comentários
Vou plagiar minha namorada. Não faz muito tempo, ela escreveu no blog dela coisas que a namorada via no namorado e coisas que o namorado via na namorada. Acontece que ela roubou isso de algum e-mail. Vou ver se consigo criar algo meu, concreto, baseado no relacionamento que nós temos.
O que ela vê nele: Ela vê a serenidade que vinha buscando faz algum tempo. Vê como ele sempre tenta fazer com que ela ria, nem que tenha que falar as maiores bobagens do mundo. Aliás, ela vê como ele tenta consertar as bobagens que ele fala. Ela vê como ele estala um beijo nela, bem no meio da rua, ou quando menos se espera. Vê quando ele fica emocionado com as coisas mais idiotas do mundo. E se revolta, para abraçar as causas mais impossíveis. Ela vê como ele se desdobra para que ela sempre fique feliz quando ele está por perto. Vê o que só se vê quando o outro abre totalmente as portas.
O que ele vê nela: Ele vê o silêncio dos olhos dela, quando precisa de paz. Ele vê como ela ri das bobagens que ele diz. Ele vê como as cores mudam e o ar fica mais leve quando ela chega. E vê como o colo dela pode ser tudo o que uma pessoa pode precisar no fim do dia. Ele vê o quanto ela se esforça por estar bonita quando sai com ele, nem que seja só para levar o cachorro para passear. Ele vê como ela está sempre bonita. Vê como é alegre com ela e cinza quando está sozinho.
Bem, acho que isso dá um resumo da coisa...
Postado por
Pedro Wolff
às
27.5.03
0
comentários
segunda-feira, 26 de maio de 2003
De repente bateu uma tristeza. Como se uma alegria esperada por anos tivesse subtamente ido embora.
Postado por
Pedro Wolff
às
26.5.03
0
comentários
domingo, 25 de maio de 2003
Estou voltando da Bienal do Livro. Estou tão pobre quanto feliz. Amanhã dou mais detalhes.
Postado por
Pedro Wolff
às
25.5.03
0
comentários
sexta-feira, 23 de maio de 2003
Falando em Argentina, eu desenvolvi uma teoria faz muito tempo sobre a personalidade dos argentinos através da música. Devem ser todos frustrados. Vejam bem: a música típica de lá é o tango.
O Tango:
País de origem: Brasil (e não Espanha, como alguma besta falou na semana passada)
Cantor mais popular: Carlos Gardel
Origem do cantor mais popular: França (e não Uruguai, como disse a mesma besta)
Tango mais conhecido: La Cumparsita
Origem do tango mais conhecido: Uruguai
Em outras palavras, ou os argentinos são frustrados, ou vivem tentano surrupiar criações de outros países e dizer que foram eles quem criaram. Isso deve vir da origem deles: um bando de italianos que falam mal o espanhol e acham que são ingleses.
Pronto. Cansei de bater.
Postado por
Pedro Wolff
às
23.5.03
0
comentários
Ao que tudo indica, Kirchner, o presidente eleito por W.O. da Argentina, convidou para sua cerimônia de posse apenas os governantes de esquerda do continente americano. A medida incomodou profundamente os Estados Unidos, que não enviarão nenhuma autoridade do alto escalão ao evento.
Por pouco eu não simpatizo com os argentinos, dessa vez!
Postado por
Pedro Wolff
às
23.5.03
0
comentários
quinta-feira, 22 de maio de 2003
A quem será que eu sugiro uma reestruturação num jardim da cidade? O que acontece é o seguinte: bem em frente ao meu escritório, tem um jardim que é até bonito, mas mal aproveitado. Quer dizer, ele é bem aproveitado, mas por pessoas de má reputação. Daqui da janela, vejo garotos cheirando cola, camelôs escondendo mercadorias, moradores de rua transando... Enfim, uma degradação por entre o verde.
O chato é que quem quer que tenha feito a paisagística do lugar escolheu muito bem as plantas. Tem diversos arbustos, várias cores diferentes, tudo combinando. O que prejudica é uma cerquinha em volta do jardim. Ela impede que outras pessoas o atravessem. Minha idéia não é tão absurda. É só tirar essa cerquinha e criar uns caminhos de pedra. Assim, as pessoas vão poder andar livremente por ali. Isso deve, no mínimo, intimidar os mal-encarados que se escondem naquele lugar.
A princípio, pode ser que as pessoas tenham medo de passar por ali. Mas a retirada da cerca vai facilitar o policiamento e isso vai garantir segurança. Depois, com o hábito, o espaço vai acabar sendo reintegrado à cidade. Ia ser ótimo ver aquele lindo jardim sendo usado para encurtar o caminho das pessoas que vivem com pressa, ao invés de servir de dormitório para delinqüentes.
As coisas que a gente pensa quando está doente...
Postado por
Pedro Wolff
às
22.5.03
0
comentários
Cá estou eu, trampando e doente. Pelo menos, não tem nada para fazer. Estou aqui, esparramado em uma cadeira, enviando e recebendo e-mails.
Por sorte o escritório está vazio!
Postado por
Pedro Wolff
às
22.5.03
0
comentários
quarta-feira, 21 de maio de 2003
Tô pensando em comprar os óculos do Matrix. 27 lascas, num site e frete grátis.
Postado por
Pedro Wolff
às
21.5.03
0
comentários
Santa Inutilidade, Batman!
Cá estou, no meu trabalho. Não há nada a fazer. E blogar tem que ser escondido. Isso é um inferno. Tem um bom bocado de coisas que eu poderia estar dizendo.
Deixa pra lá.
Um breve esclarecimento: a explicação da página, lá em cima da janela deste blog é uma oposição à Matrix. Quem assistiu deve lembrar da frase: "there is no spoon", murmurada por aquele molequinho careca com cara de hare-krishna. Pois bem, eu digo que existem 10.000 colheres. Não entendeu? Tudo bem. Eu ando precisando aumentar o número de consultas semanais na minha terapia, mesmo...
Postado por
Pedro Wolff
às
21.5.03
0
comentários
terça-feira, 13 de maio de 2003
Sobrevivi ao budismo fuleiro cyber punk de Matrix. Francamente, esperava mais, já que tem tamanha legião de fãs. Tenho que admitir, apenas, que gostei da trilha sonora. Muito boa.
Quintino, seu furbo gordo, quando você devolve o CD da minha namorada? Também quero roubar!
Postado por
Pedro Wolff
às
13.5.03
0
comentários
Exercício de ficção
Recebi isso por e-mail. Sei que muitos já devem ter lido. Ainda assim, é interessante. Vejam bem:
Na Semana de Arte Moderna de 1922, os artistas modernistas eram vistos pela burguesia conservadora como verdadeiras idiotas. Hoje em dia são figurinhas certas em qualquer prova de literatura que se preza. Imaginem a prova de literatura do vestibular de 2.100,
que nossos netos provavelmente encontrarão:
"VESTIBULAR UNICAMP 2.100 - PROVA DE LITERATURA BRASILEIRA"
1. Leia o trecho do poema abaixo e responda as questões:
" O JUMENTO E O CAVALINHO ELES NUNCA ANDAM SÓ
QUANDO SAI PRA PASSEAR LEVAM A ÉGUA POCOTÓ
POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ
VAI LACRAIA
POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ "
(Eguinha Pocotó, Mc Serginho, 2003)
a) A forma adotada pelo autor do texto leva o leitor a uma reflexão crítica a cerca de alguns elementos do estilo literário da época, ao mesmo tempo em que insere temáticas dotadas de valor universal. Assinale a passagem em que o autor expressa com maior intensidade este dualismo. Identifique a figura de linguagem adotada.
b) Ao idealizar em um mesmo patamar, personagens que até o momento só haviam sido tratados com a devida separação de
classes, coloca o autor o "jumento e o cavalinho" como uma paródia da realidade social do país na época. O brilhantismo desta visão crítica é destacado por expressões que para um leitor menos atento podem parecer erros gramaticais, mas que na verdade geraram uma nova aplicabilidade da língua portuguesa. Identifique estes trechos e as inovações gramaticais por eles introduzidos.
c) Eleita como acompanhante nos passeios dos dois protagonistas, a Égua Pocotó rompe a solidão até então predominante no
panorama urbano estabelecido. Mais do que um triângulo amoroso convencional, o autor atribui aos personagens um status que transcende a natureza metafísica convencional. Emerge então o caráter feminino, no auge de sua auto-afirmação como contraponto ao pansexualismo. Descreva o papel da Égua Pocotó como elemento de instabilidade no equilíbrio social do início do século XXI.
d) O texto de Mc Serginho, precursor do movimento literário-cultural denominado "pocotoismo", propõe uma nova métrica e abordagem ao texto poético. Alguns críticos da época chegaram a compará-lo à "pedra no caminho" de Drumont, um poeta de menor importância no século XX, injustiça revertida mais tarde com a identificação da sua efetiva quebra de paradigma literário. Compare o estilo da obra de Mc Serginho com os autores clássicos do século XX e justifique a relevância de sua obra.
Postado por
Pedro Wolff
às
13.5.03
0
comentários
domingo, 11 de maio de 2003
Vou tentar ver Matrix de novo, hoje. Será que consigo? Aguardem novidades ainda hoje. Ou amanhã, se eu dormir!
Postado por
Pedro Wolff
às
11.5.03
0
comentários
quinta-feira, 8 de maio de 2003
Vou empreender uma nova campanha. Prometo me esforçar e não dormir na próxima vez que tentar assistir Matrix. Vai ser a quarta tentativa.
Postado por
Pedro Wolff
às
8.5.03
0
comentários
Quem sabe, faz. Ou, nas palavras de Olavo Bilac:
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....
Postado por
Pedro Wolff
às
8.5.03
0
comentários
terça-feira, 6 de maio de 2003
Acabo de fazer um daqueles testes que são populares nos blogs da vida. Peguei no da Carol. Descobri que, se eu fosse um drink, seria um rusty nail. Eis a explicação: A smooth, short blend of scotch whiskey and drambuie. You're seriously cool and you love guitars, cars and the bluuuuuees, man!!
Esses quizzes são tão apurados quanto a previsão do tempo.
Levou tempo para processar. Eu devo ser complicado, mesmo!
Postado por
Pedro Wolff
às
6.5.03
0
comentários
Um breve retorno
Volto a escrever uma crônica, como alguém que volta para casa, depois de viajar. Hoje choveu muito. A perspectiva é de que continue assim. Como sabem, eu acho isso bom. Especialmente por esses dias. Estou num cliente no subúrbio, em Honório Gurgel. Tudo é cinza, meio triste. As pessoas são amarguradas. O dia cinza, naturalmente, dá cor a tudo isso.
Vou de trem. Acho a melhor forma de ir para lá. É tão poético, ao mesmo tempo tão povão. Na chuva, os trilhos refletem o cinza do céu, os dormentes se escurecem com a água e o concreto das casas, muros e qualquer outra construção totalizam a viagem monocromática. Ou não?
Cada fiapo de grama que surge entre os dormentes, cada lata de Coca-Cola largada nas britas da estrada de ferro, cada casaco azul, tudo fica realçado. Cada cor ganha vida. Os cachorros amarelentos que ficam perto da estação, os carros velhos da oficina, as plantas às margens do Rio Acari e o carro represando lixo que está dentro dele. Todas essas coisas parecem explodir em cores, quando o dia é cinza.
Eu não enxergo bem as cores. Isse deve explicar porque fico tão feliz de as ver quando o tempo fecha. Mas, ainda assim, não explica por que eu sou o único a enxergar um raio de luz que consegue atravessar as nuvens e refletir num parabrisa, fazendo com que ele vire um espelho. Não explcia por que só eu vejo uma flor brotar através do calçamento. O rosa dessa flor parece preencher meu dia inteiro. Ele se sobrepõe ao cinza. Isso eu consigo enxergar.
Eu consigo enxergar, apenas as diferenças reais entre as cores. Não vejo verde claro e verde escuro, quando sobrepostos. Só em apartado. Quando o dia é cinza, tudo fica destacado. É a vitória das cores sobre o neutro. A alegria através o langor. A sucumbência do confortável ante o feérico. O apoteótico vencendo a fleuma. O óleo sobre tela de Deus.
Talvez seja apenas meu id sobre o super-ego. Talvez seja apenas uma impressão pessoal, íntima.
... Tanto melhor.
Postado por
Pedro Wolff
às
6.5.03
0
comentários
Aos leitores que acham meus links blerg, blerg para eles. Só está linkada aqui gente que me é diretamente relacionada. São os meus melhores amigos, meus maiores interesses e a minha namorada. Não vou entrar numa de fingir que sou intelectual e colocar o blog do Salman Rushdie nos meus links. Ele não me diz nada. Por mim, pode enviar todos os versos dele para Satã e levar alguns fascínoras árabes com ele!
Só ponho no meu blog quem ou o que me interessa. Quem me diz respeito, quem eu amo e quem me ama. Se eu fosse inteligente, talvez fosse diferente. Não sou inteligente. Sou emotivo, passional. Vivo a vida, ao invés de observá-la, entendê-la, codificá-la. Ajo, ao invés de contemplar. Nem sei fazer isso.
Se alguém não gosta dos meus, não tenho nada a fazer. Nos dizeres da Rita Lee (que não está linkada aqui, mas bem que poderia), os incomodados que se incomodem!
Postado por
Pedro Wolff
às
6.5.03
0
comentários
sexta-feira, 2 de maio de 2003
Como já observado, a nova citação foi extraída de Carmina Burana. É o meu verso favorito. Quer dizer "agora, por diversão, ofereço o dorso nu à toa raiva".
É um trecho do O Fortuna, a primeira parte da cantata. Trata de coisas mundanas, como a lascívia, a sorte, o tempo... Vale conhecer o libreto inteiro.
Postado por
Pedro Wolff
às
2.5.03
0
comentários
quarta-feira, 30 de abril de 2003
Recebi isso aqui via e-mail. Liguei para os telefones que aparecem lá no fim e me confirmaram que a fonte é segura. Ótimo que falem isso! Dá vontade de insuflar os tubarões para que, numa revolta, eles subam até o 5º andar dos prédios e ataquem as pessoas. Ou só as pessoas é que podem atacá-los em seus próprios territórios?
Nota à Imprensa
A verdade sobre os pretensos ataques de tubarão no Rio
Como biólogo marinho, especialista em peixes marinhos, e diretor do Instituto Ecológico Aqualung, me sinto na obrigação de esclarecer o que vem ocorrendo no litoral do Rio. Fatos absolutamente isolados estão sendo reunidos, de forma oportunista, para criar falsos alarmes de perigo de ataque de tubarão, gerando medo e insegurança para a população do Rio.
Fato 1 - Na 5ª feira, dia 24, um praticante de para-pente informa ao Corpo de Bombeiros ter avistado dois tubarões na praia da Barra, gerando o primeiro "alarme" sobre tubarões no litoral do Rio.
Comentários: no litoral do Rio vivem diversas espécies de tubarões há milhões de anos. Avistar alguns espécimes em uma dia com águas claras e quentes, ainda que seja uma curiosidade, não é nenhuma novidade e não representa nenhum tipo de ameaça.
Fato 2 - Na 5ª feira, dia 24, um banhista, pegando jacaré na praia de Copacabana, alega ter sido mordido por um tubarão. Sofreu cortes em dois dedos da mão direita.
Comentários: não há evidências que comprovem ter sido um ataque de tubarão. Uma mordida de tubarão não provoca "cortes" no dedo. Ataques de tubarão no Rio são muito raros e absolutamente improváveis. O último registro de ataque de tubarão em Copacabana foi em 1947 e mesmo assim foi um acidente e não um verdadeiro ataque.
Fato 3 - Na 6ª feira, dia 25, um pescador captura em Grumari, com uma rede de pesca, um tubarão da espécie ´Mako. O exemplar é mostrado ao público como um troféu e passam a relacionar sua captura com o pretenso ataque em Copacabana.
Comentários: cações e tubarões, de diversas espécies, incluindo o Mako, são capturados todos os dias pelos pescadores. Esses tubarões capturados são comercializados nas peixarias e mercados. Relacionar a captura de um tubarão Mako com o ataque de Copacabana é, no mínimo, uma irresponsabilidade. Afirmo, categoricamente, como especialista, que os dois fatos são isolados
e nada têm a ver um com o outro.
Fato 4 - No sábado, dia 26, um grupo de banhistas, na praia da Joatinga, arrastam para fora da água um tubarão e o matam a pauladas na areia. Enquanto batiam no animal, um dos banhistas foi "arranhado" pelos dentes do tubarão.
Comentários: estive no sábado no 2º G-Mar, da Barra, para onde foi levado o tubarão, inicialmente chamado de tigre, e o identifiquei como sendo da espécie mangona. Existiam vários relatos desencontrados sobre como e porque o animal apareceu na praia. No entanto, dizer que ele estava perseguindo alguém e encalhou na areia, certamente é falso. A mangona é muito comum no litoral Sudeste, porém não costuma chegar tão próximo da arrebentação, muito menos no raso. Não é uma espécie agressiva e, absolutamente, não é perigosa. Não há registros de ataque no Brasil. Essa espécie, inclusive, encontra-se em perigo de extinção.
As fotos mostrando os banhistas arrastando o tubarão pela cauda para fora da água indicam que o animal estava morimbundo, pois nenhum homem, por mais forte que seja, consegue capturar e arrastar um tubarão são (sadio e vivo) para fora da água. Mesmo ferido e quase morrendo um tubarão, ou qualquer outro animal com dentes afiados, pode ser perigoso se acuado e agredido. O arranhão sofrido por um dos banhistas demonstra isso.
Não há mudanças no meio ambiente e nem fenômenos atípicos que possam ser utilizados como argumento para o aparecimento de tubarões nas praias. A ocorrência de tubarões em nosso litoral sempre foi e continua sendo um fato muito comum. Não há nenhuma razão plausível para alertas sobre perigo de ataque.
É lamentável e muito ruim para a imagem do Rio de Janeiro termos falsas notícias sobre ataques de tubarões, que, se não esclarecidas a tempo, podem vir a provocar pânico.
Marcelo Szpilman
Diretor
Instituto Ecológico Aqualung
Rua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010
Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
Fax: (21) 2556-6006 ou 2556-6021
E-mail: instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br
Curriculum resumido
Marcelo Szpilman - Biólogo marinho, diretor do Instituto Ecológico Aqualung, membro da Comissão Científica Nacional (COCIEN) da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS), autor do Livro GUIA AQUALUNG DE PEIXES - Guia Prático de Identificação dos Peixes do Litoral Brasileiro, editado em 1991, do livro SERES MARINHOS PERIGOSOS - Guia Prático de Identificação, Prevenção e Tratamento, editado em 1998/99, do livro PEIXES MARINHOS DO BRASIL - Guia Prático de Identificação, editado em 2000/01.
Postado por
Pedro Wolff
às
30.4.03
0
comentários
terça-feira, 29 de abril de 2003
Encontrei uns arquivos antigos. Dois, para ser exato. São coisas que eu vinha escrevendo e que ficaram paradas na estante. Ou num disquete, se preferirem.
Decidi retomar o trabalho. Talvez virem dois livros. Quem sabe?
Postado por
Pedro Wolff
às
29.4.03
0
comentários
quarta-feira, 23 de abril de 2003
Bem, voltei do Sana. Ainda não sei bem por que, mas voltei. Aquilo é bom demais e o Rio anda tão violento. Na quinta-feira, um dia antes de ir, fui assaltado. Levaram relógio, celular e R$ 10,00. Quando chego de volta ao Rio, pego um táxi e a primeira coisa que o motorista diz é "bem aqui, uma hora atrás, estava rolando o maior tiroteio". Aonde essa cidade vai parar?
Bom, mas, sendo prático, perdi o celular. Se algum leitor gostava de fazer contato por ele, vai ter que suspender a prática por algum tempo. Se quiser entrar em contato, use o link ao lado. Ele direciona diretamente para o meu e-mail. É só escrever que eu respondo.
Postado por
Pedro Wolff
às
23.4.03
0
comentários
quarta-feira, 16 de abril de 2003
Vou passar a Semana Santa no Sana. Assim, nenhum leitor estranhe se eu não voltar. Corre o risco de eu virar um cogumelo e começar a brotar ao lado de uma cachoeira.
Postado por
Pedro Wolff
às
16.4.03
0
comentários
quinta-feira, 10 de abril de 2003
Eu nunca entendi o Popeye. Hoje, tava pensando nisso. Vejam bem: dois marinheiros vivem se supapando por uma mulher solteira, incapaz de se decidir entre os dois. Para ganhar força contra o Brutus, Popeye recorre ao espinafre enlatado. Americano nunca gostou de salada.
Isso tudo acontece na década de 50. Hollywood não costuma dar ponto sem nó. Que estranhos valores esses desenhos nos transmitiam!
Postado por
Pedro Wolff
às
10.4.03
0
comentários
Sendo autorizado...
Eu adoro mergulhar. Adoro estar com a cabeça embaixo d'água, vendo o movimento que acontece. É lindo ver quanta vida se passa colada a uma rocha, como o Arpoador. Mas o que mais gosto, quando mergulho, é o silêncio. Toda a vida, todas aquelas cores, todo o movimento, tudo acontece em silêncio.
Eu sou músico. Deveria gostar de sons. Mas adoro o silêncio. Existe uma intensidade e mesmo uma musicalidade quando não se ouve nada. Ele vem como um véu que cobre a cabeça e protege os pensamentos, para que fluam à vontade lá dentro. É uma ótima maneira de vermos o que temos pensado realmente.
O silêncio é o conforto de que os ouvidos precisam quando o dia chega ao fim e o coração quer bater mais devagar. É a trilha sonora ideal para o pôr-do-sol. A grande companhia para um bom livro. A condição sine qua non para um dia de chuva.
Acho lindo ver que, quando os céus se fecham, o ruído diminui. As pessoas parecem passar umas pelas outras tomando cuidado para não fazer barulho com os sapatos. Os carros não buzinam. As aves não cantam. O dia se passa em silêncio e cinza e branco. Dá ao Rio um ar de civilidade que não é comum.
O silêncio é o convite a um café no Paço Imperial. É o pedido para uma conversa. É a melhor trilha sonora para um beijo.
Escrevi essas linhas em silêncio, depois de um dia de muitos ruídos. Ele me veio como um bálsamo, uma bênção. E a minha mente pôde estar em paz. Em resumo, acho que só o silêncio é melhor que um dia de chuva. E se vierem juntos, maravilha! Parece sexo com sorvete.
PS: obrigado, Carol.
Postado por
Pedro Wolff
às
10.4.03
0
comentários
quarta-feira, 9 de abril de 2003
Tele-vizinhos
Ao som dramático da trilha sonora de A Casa das Sete Mulheres, ouço a voz da vizinha do quarto andar entrar pela minha janela: "a série mais bonita que eu já vi".
Por essas e outras é que eu não gasto a minha energia elétrica vendo tevê!
Postado por
Pedro Wolff
às
9.4.03
0
comentários
terça-feira, 8 de abril de 2003
Eu nunca soube exatamente por que escrevia este blog. Descobri ontem. Renata, linkada aí do lado e Espanhol, o Augusto já citado (e espero que tome vergonha na cara e crie um blog próprio) se conheceram por aqui.
Ele entrou no meu blog (calma, calma, estamos falando apenas de internet), clicou no link da Renata e trocou umas idéias com ela. Pelo visto, deu certo. Que bom!
Fico feliz por vocês. Só podiam ter tido a dignidade de me contar, né? Eu não precisava ficar sabendo pelo Maurício.
Postado por
Pedro Wolff
às
8.4.03
0
comentários
Tem dias, como hoje, que ficam suspensos. Nada parece ter acontecido de verdade. Nada parece ter se passado. Ao mesmo tempo, esses dias parecem levar anos para se encerrar. Quando se encerram, levam consigo um ar de alívio, frio e insípido, ao mesmo tempo.
São dias em que a gente vê que, muitas vezes, a parte mais fácil de uma decisão é tomá-la. Muitas vezes, executar aquilo que está decidido é o passo mais largo. Tem dias em que se aprende esse tipo de coisa.
Hoje foi um deles. O cinza do céu parecia chumbo nos meus ombros. Ainda assim, o dia passou com a certeza do dever cumprido. E eu aprendi que é esse o importante. Deve-se fazer o que deve ser feito. Não devemos nos vangloriar da conquista, nem chorar a derrota. Apenas faça o que você tem que fazer.
A madrugada e o dia seguinte estão prometendo chuva. Tomara. Vou precisar lavar os meus pensamentos, um pouco.
Postado por
Pedro Wolff
às
8.4.03
0
comentários
segunda-feira, 7 de abril de 2003
Não percam o Rio Boat Show, na Marina da Glória. Está de morrer! Só lá você pode comprar um veleiro de US$ 300 mil.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.4.03
0
comentários
Acabei de ler no blog da Carol que ela quer escrever sobre o silêncio. Roubou a minha idéia. Eu ia começar esse tema agora.
Bom, fica para ela. Ela sempre escreve melhor que eu, mesmo... Mas o tema é bom.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.4.03
0
comentários
A fonte é segura. Os USA realmente passaram uma lei no Congresso e as fritas francesas se tornaram fritas da liberdade. Já que o mundo anda boicotando os irmãos do norte, os irmãos do norte resolveram boicotar a França. Acho que é justo. Afinal, batata frita é um prato muito típico na França. O tradicional steak aux frites já até foi o último desejo de um oficial francês preso na Indochina. É natural que os EstadoZunidos declarem sua independência culinária. Nada mais natural.
Só fiquei intrigado com uma coisa: o beijo francês também passa a ser beijo da liberdade? Se for... Ai, se for!
Postado por
Pedro Wolff
às
7.4.03
0
comentários
Tem tempo que eu não dou as caras por aqui. Explico: tenho trabalhado do outro lado da cidade. Com isso, tenho dormido na Estela (na casa dela, seus depravados!) e não entro na internet por lá. Acho que é por timidez. O fato é que eu não entro. Com isso, não consigo postar e desapareço, gerando essa lista de leitores insatisfeitos.
Bom, para os de fora do Rio, aqui está chovendo. Eu, claro, já fui tomar um pouco de chuva. Que delícia. É a melhor forma de encerrar um fim de semana. Um banho para limpar para a próxima semana. Recomendo a todos.
Postado por
Pedro Wolff
às
7.4.03
0
comentários