terça-feira, 27 de maio de 2003

Ela costumava não gostar dele. Ainda assim, seu gosto mudou. Tenho pensado muito nela quando penso nessa música e vice-versa. Acho que, na fase atual, a música tem muito a ver com ela. Ainda mais, porque as duas têm o mesmo nome. Então, lá vai Carolina, de Chico Buarque.

Carolina nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar

Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu

"Carolina nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar Agora não sei como explicar

Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu."

Vou plagiar minha namorada. Não faz muito tempo, ela escreveu no blog dela coisas que a namorada via no namorado e coisas que o namorado via na namorada. Acontece que ela roubou isso de algum e-mail. Vou ver se consigo criar algo meu, concreto, baseado no relacionamento que nós temos.

O que ela vê nele: Ela vê a serenidade que vinha buscando faz algum tempo. Vê como ele sempre tenta fazer com que ela ria, nem que tenha que falar as maiores bobagens do mundo. Aliás, ela vê como ele tenta consertar as bobagens que ele fala. Ela vê como ele estala um beijo nela, bem no meio da rua, ou quando menos se espera. Vê quando ele fica emocionado com as coisas mais idiotas do mundo. E se revolta, para abraçar as causas mais impossíveis. Ela vê como ele se desdobra para que ela sempre fique feliz quando ele está por perto. Vê o que só se vê quando o outro abre totalmente as portas.

O que ele vê nela: Ele vê o silêncio dos olhos dela, quando precisa de paz. Ele vê como ela ri das bobagens que ele diz. Ele vê como as cores mudam e o ar fica mais leve quando ela chega. E vê como o colo dela pode ser tudo o que uma pessoa pode precisar no fim do dia. Ele vê o quanto ela se esforça por estar bonita quando sai com ele, nem que seja só para levar o cachorro para passear. Ele vê como ela está sempre bonita. Vê como é alegre com ela e cinza quando está sozinho.

Bem, acho que isso dá um resumo da coisa...

segunda-feira, 26 de maio de 2003

De repente bateu uma tristeza. Como se uma alegria esperada por anos tivesse subtamente ido embora.

domingo, 25 de maio de 2003

Estou voltando da Bienal do Livro. Estou tão pobre quanto feliz. Amanhã dou mais detalhes.