sexta-feira, 27 de setembro de 2002

Hoje eu tô com sono. Trabalhei bem. Dei aulas de manhã, ensaiei para o workshop de amanhã e tive uma reunião para discutir um contrato no fim da tarde. É estranho ser lembrado de que eu ainda sou um estudante de Direito. Eternamente concluindo o curso.

Mundo estranho.

quinta-feira, 26 de setembro de 2002

Eu e a informática

Segue a novela da minha não adaptação às modernidades. Hoje, encontrei a autora do celta.blogspot.com e perguntei como ela fez aquele troço todo maneiro. A resposta foi bem simples: "eu contrato uma webdesigner". Pô! Bem mais fácil! Já vi que vou ter que explorar meu melhor amigo, que é webdesigner. Aí, talvez ele perca cabelos, ao invés de mim.

Agora, um Ferreira Gullar, para espairecer


mar azul

mar azul marco azul

mar azul marco azul barco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul

quarta-feira, 25 de setembro de 2002

By the way, não consegui fazer o link. Visitem o blog dela e concordem comigo: o meu é muito mixuruca: celta.blogspot.com

Argh! Informática!

Acho que seria interessante acrescentar: esse blog está me fazendo envelhecer rápido! Coisas de informática. Eu bem disse que computador resove problemas que eu não teria se não tivesse um computador. Bem, vamos ao causo: lá vou eu, lépido e fagueiro, permitir que pessoas comentem meus textos. Pesquiso, pesquiso, pesquiso... Perco cabelo e a última noite de sono. Até achar a resposta: "sorry, it is not allowed". Que merda de resposta! Mas tá bem, sou um cara sereno.

Resignadamente, quero acrescentar, também, imagens, p/ sair dessa mesmeira que tá a página. "Sorry, again". Isso é resposta que se dê?!

E a inveja crescendo! Aquela amiga do balcão do odeon tem um blog maneiríssimo. Cheio de imagens e links para sites que eu adoro. Eu não sei nem se vou conseguir fazer um link para o site dela aqui: ______. Espero que dê certo. Como será que ela faz isso? Aliás, ela e todos os outros bloggers que andei visitando.

Mas sou um cara sereno e resignado. Vou esperar por melhores futuros. Ou acatar a sugestão de um cara numa sala de bate-papo: mudar de provedor. Vamos ver...

Friends and Lovers

Hoje, encontrei um amigo daqueles de faz tempo. Curioso que ele é meu vizinho. Sempre foi. Meu pai morava num prédio, ele morava no prédio em frente. Daí meu pai se mudou e ele veio morar no prédio do lado do meu. Por um tempo, éramos muito amigos, muito próximos. De uns tempos para cá, como acontece com muita gente, nós fomos nos distanciando e aquela amizade dos velhos tempos passou a ser um sorriso cordial, ao nos esbarrarmos na rua.

Hoje foi diferente. Fui até a casa dele e conversamos por um bom tempo. Falamos das pessoas de faz tempo e das coisas de faz tempo. Perguntei por um monte de gente que ele ainda via. Márcio está estudando Direito. Horácio montou um site de cifras bem conhecido, com a irmã Larissa. Ele está tocando violão! O Júnior, o Bolota. Quem diria! E eu frequento muito o site dele (sites.uol.com.br/horacio_jr), sem saber... E o outro Júnior, o filho do Sr. João? Esse foi atropelado por um caminhão, enquanto andava de bicicleta. Dá para imaginar? Minhas estatísticas aumentaram. Agora, perdi 12 amigos da minha idade para o trânsito brasileiro. Isso é inaceitável.

A vida segue, eu sei. Ele foi para um lugar melhor, não tenho dúvida. Nada é permanente, já me diz Buda. Por outro lado, nada vai tirar a saudade. Era um bom amigo. E como a gente brigava! Claro. A maior vantagem de ter um amigo é poder brigar com ele. Logo depois, estávamos trocando os brinquedos, de novo. Comandos em Ação, o Castelo de Greyskull. A infância é um lugar distante na sala das minhas memórias!

Meu amigo também lamentou o tempo perdido. Lembra das brigas que ele tinha, ainda mais frequentes que as minhas e de um luxo que eu não tive. Outro dia, o Júnior foi até a casa dele e, porque a hora passou muito depressa, acabou dormindo por lá. Ele me contou que foi interessante poder olhar para um amigo de faz tempo, lembrar dos tapas, chutes e dedos nos olhos de antigamente e pensar "taí um cara que eu respeito". Verdade. Depois que a gente cresce, a gente é capaz de olhar para um amigo que a gente já quebrou o joelho e dizer "taí um cara que eu amo".

Mas, voltando, ele lamentou o espaço de tempo que a gente perde sem fazer, ou falar nada. Em tudo: nas amizades, nos estudos, no trabalho. De repente, você olha e a vida ficou para trás. Será? Eu disse a ele: "faça de tudo na sua vida uma experiência de vida". E é verdade. Tudo o que fazemos, ou não fazemos, vai nos marcar para sempre. Em tudo devemos viver uma experiência de vida. Se vivermos assim, não teremos disperdiçado nada. É só nos lembrarmos de todas as coisas que passaram pela nossa cabeça quando estávamos deitados no sofá, olhando o branco do teto. Lembrar dos olhares das pessoas dentro do ônibus, preso em um engarrafamento com você. Nada é perdido, se não deixarmos. De tudo devemos fazer uma experiência de vida. Todos os gostos, todos os rostos, todas as texturas, todos os sons, todos os pensamentos. Nada nos escapa.

Sou estranho? Talvez. Vivo melhor assim? Com certeza!

terça-feira, 24 de setembro de 2002

Dia Branco

Voltei! Acho que é entusiasmo de iniciante. Por outro lado, esse diazinho de chuva que cai, aqui no Rio de Janeiro, propicia, esses pensamentos, mesmo. Faz um friozinho bom. E a previsão, que eu acabei de checar no www.climatempo.com.br é de que continue assim até sábado.

Esse tempo é a única coisa capaz de me fazer sentir solitário. O que não chega a ser de todo uma sensação ruim. Sou meio independente. Não gosto de ter gente pensando em mim, ou querendo me prender. Meu irmão me mandou um e-mail com uma frase lapidar, para nós, sagitarianos: "não tenho tudo que ama, em compensação, ninguém que me ama me tem". Agora, imagina isso, com um ascendente em Leão! Por um lado, odeio gente agarrada no meu pé; por outro, adoro receber atenção.

De todo jeito, eu sou uma boa companhia pro meu vinho. Ainda bem! Gosto de estar comigo. É nesses dias que posso perceber isso. Raramente a gente pode despender um tempo com o próprio "eu". É superimportante conhecer esse eu. No fim das contas, fica parecendo um outro eu. A gente começa a conversar com ele. Depois é aceitá-lo. Mas isso é outro passo.

O importante é que esse é um dia branco. Um dia bom para ter alguém do lado. Um dia ótimo para se pensar, divagar, refletir. Faltou o meu cachimbo, hoje. Só isso.

Se você vier,
pro que der e vier comigo
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Uma praça na beira do mar
Um pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto, esse canto de amor
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo...
Geraldo Azevedo

O início

Bem, cá estou, diante da pergunta crucial de todo começo: como começar? Desisti de responder a essa pergunta. Vou responder a outra: por que começar? Eu sou um exibicionista nato. Sempre adorei falar prás pessoas o que eu estou pensando. Adoro rabiscar textos, ou frases soltas que ficam na cabeça. Dá um ar de intelectual, sabe? Gosto de pensar que eu não estou em casa, de short e moleton, num dia frio de chuva, mas num café, escrevendo no meu lap top (que eu já nem tenho!). Coisas de gente esnobe e estranha, mesmo. Mas de gente criativa, também.

Então é isso: esse é o meu começo. Bem parecido com o começo de um dia: meio cinza, vagaroso e confuso. Talvez em pouco tempo, eu consiga engrenar direito esse trem aqui. Sei lá se vai funcionar. Todo mundo sabe que eu digo que computadores resolvem problemas que eu não tinha antes de ter um computador.

E se alguém vai ler? Essa pergunta eu prefiro não responder.