sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

A garçonete do café onde costumo passar o fim do dia veio falar comigo sobre pena de morte. Eu devo atrair garçons que falam. Na última sexta, um garçom veio chorar a traição da mulher com o seu melhor amigo. Quase cantei a música do Reginaldo Rossi: "freguês, aqui nessa mesa de bar, você já cansou de escutar..." Mas ela veio falar de coisa séria e de um assunto que eu gosto. Veio perguntar se eu concordava.

Como eterno defensor de direitos humanos, eu me posicionei contra. O argumento dela foi o mais recorrente e o mais fácil de rechaçar: "e se a sua filha fosse estrupada? O que você faria?" E ela teve que ir atender alguém antes da minha resposta. E ela voltou para me contar uma história. Ela mora na Nova Holanda, uma das favelas mais perigosas do Rio. Disse que em frente à casa onde mora, um sujeito foi executado pelos traficantes. Ela ficou chocada com a cena. Não quer que sua filha veja essas coisas.

Ela não sabe, mas ela é contra a pena de morte!

terça-feira, 27 de janeiro de 2004

Se alguém visitar o site do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR, vai poder ver o diário da Angelina Jolie e sua experiência com os refugiados. Para quem não sabe, ela é a embaixadora da boa vontade dessa agência da ONU.

No diário, ela fala, entre outras coisas, da morte do Sérgio Vieira de Mello, que serviu o ACNUR por muitos anos, antes de se tornar Alto Comissário para Direitos Humanos. Por que, diabos, eu fico fuxicando essas coisas?

Quintino se entrevistou para o próprio jornal. Acho que é hora de aumentarem as doses de Haldol do garoto!

Lamentável, lamentável.