sábado, 5 de outubro de 2002

Mine
(Katherine Stone)

Mine to hold,
To feel,
To breathe in,
To delve into artificial machinations,

Taste the salty oil of the body
My body
His body
Her body

Look at the curl of her lobe
Her ear
Pink and flustered
Disappearing into his mouth
Red and puckered

Invisible to the face
Only to the eyes
Their eyes

Let me feel
Find new places for me to explore
For you all to find

Discover
Pleasure
Annihilate
Be mine
Mine alone

Hoje tem a grande estréia do Moulin Rouge no Telecine. Por inacreditável q pareça, nunca vi esse filme. Ótima desculpa para passar a noite de sábado em casa!!!

Espero que minha garrafa de whisky seja companhia suficiente.

Hoje era um desses dias q precisavam ter 29 horas

sexta-feira, 4 de outubro de 2002

Coisa Feia

Hoje, fiz uma coisa feia. Na verdade, fiz ontem, mas se estendeu até hoje. Uma grande amiga de faculdade se formou, ontem. Como bom amigo, eu fui convidado à festa de formatura. Uma festa que devia ser minha, também. Eu não fui. Usei, para mim mesmo, a desculpa de que teria que levar as gringas para conhecer um bar na Lapa, onde tocam chorinho. Para a minha amiga, que acabei de encontrar no icq, menti, dizendo que estava resfriado. Que coisa feia.

A verdade, é que se eu fosse à formatura, não estaria bem. E não faria bem. Eu confesso que levaria, comigo, algum sentimento de inveja. Isso não é saudável. Menos ainda gostando tanto dela quanto gosto. Escolhi assistir ao show de choro. Para minha agradável surpresa, ao chegar lá (Rio Scenarium, R. do Lavradio, 20, Lapa, Rio de Janeiro. Recomendo a qualquer um!) o show seria de músicas dos Beatles em ritmo de choro. Beatles! O programa foi idealizado pelo Renato Russo.

Foi bom para as gringas. Puderam sentir o que é o choro a partir de músicas conhecidas. Foi bom para mim, que sou músico e fã inveterado do quarteto de Liverpool. Apesar da culpa de não ter ido ver a Estela, gostei muito do show. Tive uma experiência que, até hoje, achava que era exclusivamente feminina: orgasmos múltiplos!

Mas, agora, no sério, faço aqui e publicamente, um sincero pedido de desculpas a Estela. Não só por não ter ido à formatura, mas, também, por ter mentido. Não gosto de fazer isso.

Tá, eu sei que este blog tá virando um depositário de poesias. Fazer o que? Eu gosto dessas coisas. Sempre curti poesia, desde que fui apresentado a Cecília Meireles, aos 9 anos de idade. Ainda lembro do poema! Mas não vou ficar escrevendo pieguices por aqui. Não tem cabimento, né?

Só aproveitando o ensejo, descobri que meu avô está escrevendo um livro de memórias. Ele é advogado, daqueles bem tradicionais. Tem dezenas de milhares de histórias. Eu vi esse livro quando tava fuxicando o computador dele. Algumas são bem engraçadas, como a que encabeça o livro. Conta que um vaqueiro, em Caxias, ia deixar o posto a um novo vaqueiro. Pouco antes disso acontecer, o mais antigo viu o substituto jogando pedras em uma vaca que tava ferida. Mandou parar e o sujeito não parou. Repetiu e nada. Aí, ele não teve conversa. Deu três facadas no malfeitor.

Resultado, preso por tentativa de homicídio (o vaqueiro sobreviveu). Lá vai meu avô defender o infeliz. Começa dizendo que existe legítima defesa de terceiro. Mas isso não se aplica a uma vaca, de acordo com o nosso Código Penal. O que pode ser aplicado, pelo rigor da lei, é a legítima defesa de bem de terceiro (a vaca, para o fazendeiro, empregador dos dois vaqueiros). O que não era bem verdade. A verdade é que o vaqueiro gostava do animal e tinha atacado o substituto em legítima defesa da vaca! Esclarecidos os pontos, meu avô sustentou a tese "oficial". E, claro, ganhou. Ele encerra dizendo que acha, até hoje, que essa foi a defesa mais bonita que ele já fez na vida.

No fim do texto, em vermelho, as minhas impressões. Essa história eu já sabia de outras épocas. Afinal, a gente só tem uma vida pra contar, de cada vez. Ainda assim, discordo da modéstia dele. Como ele é meu avô, minha modéstia me limita a dizer que acho que foi a defesa mais bonita que o Estado do Rio já viu. Acho, ainda, que outras pessoas vão discordar da minha modéstia, como eu, da dele.

quinta-feira, 3 de outubro de 2002

#41
(Dave Matthews)

Come and see
I swear by now I'm playing time against my troubles
I'm coming slow but speeding
Do you wish a dance and while
I'm in the front
The play on time is won
But the difficulty is coming here
I will go in this way
And find my own way out
I won't tell you to stay
But I'm coming to much more
Me
All at once the ghosts come back
Reeling in you now
What if they came down crushing
Remember when I used to play for
all of the loneliness that nobody
notices now
I'm begging slow I'm coming here
Only waiting I wanted to stay
I wanted to play,
I wanted to love you
I'm only this far
And only tomorrow leads my way
I'm coming waltzing back and
moving into your head
Please, I wouldn't pass this by
I wouldn't take any more than
What sort of man goes by
I will bring water
Why won't you ever be glad
It melts into wonder
I came in praying for you
Why won't you run
in the rain and play
Let the tears splash all over you

terça-feira, 1 de outubro de 2002

Céu e inferno

Nossa! Como as coisas são complicadas. A vida é um monte de altos e baixos. O fim de semana foi maravilhoso, mas a segunda-feira foi digna de um pensamento do Garfield. Vamos ao que é ruim, primeiro. Descobri que fui reprovado na faculdade. Resultado, mais um semestre a percorrer. É uma dor de cabeça!

Mas, vamos adoçar esse blog. Que domingo! Uma amiga alemã me convidou para receber duas amigas (uma alemã e uma francesa), que chegavam para visitar o Rio. Combinamos de tomar café na casa dela e seguir para um show do Yamandú Costa. Seria um fim de semana calmo, para quem estava chegando de viagem, mas já queria conhecer essas bandas de cá do Atlântico. O grupo seria constituído pelo namorado da minha amiga, as duas recém-chegadas e uma capixaba, além de mim. E lá fomos nós.

Ao chegarmos ao Planetário, local do concerto, estava lotado (uma hora antes do início!). Isso exigiria uma rápida mudança de planos. Então, como bons cariocas acompanhados de um bando de gringas (2 alemãs, 1 francesa e 1 capixaba), decidimos levá-las a algum ponto turístico. O escolhido foi o Pão de Açúcar. Novamente, como bons cariocas, nós nos recusamos a pagar o bondinho e convencemos as meninas a subir pela trilha.

No fim do dia, votamos por comer peixe em Barra de Guaratiba. Nosso almoço começou às 18:30h, como bons cariocas em fim de semana! Almoçamos uma maravilhosa vista para a Restinga de Marambaia. O que será que esse pessoal está pensando da nossa capacidade de improvisação?!

Tá. Hoje eu não estou uma pessoa com pensamentos profundos. Estou meio sem paciência para isso. Quem sabe mais tarde?